terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Mensagem de Natal

Que jornada meus amigos visitando as profundezas e os vales do inferno bem como os cumes das montanhas do Céu, nós até agora viajamos por uma estrada não conhecida e quando nos aproximamos do final, principalmente neste tempo de Natal, não existe nada mais importante para se falar ou pensar do que em Deus porque você conclui que nada mais vale seu tempo e sua energia. Deus é a Verdade e a Verdade é Deus. Deus não é uma entidade, mas um oceano infinito de paz e luz. Chame Deus de Verdade ou de natureza Crística ou de natureza Búdica ou por qualquer outro nome, uma variedade de nomes que no final quando nossos sentidos estão completamente limpos e abertos este nome nos leva uma vivência muito similar independente da nossa orientação teórica.

Esta tem sido realmente uma jornada sem igual e depois de quase três anos é difícil de acreditar que estamos no ápice de um novo começo. Muitos contribuíram de maneiras sem igual para o sucesso dessa jornada e sem este suporte creio que esta jornada teria tido outros rumos incapazes de se prever. O suporte, o amor, o carinho, a bondade, a determinação e a perseverança de todos que me ajudaram diretamente e daqueles que me ajudaram indiretamente foram de uma valia sem igual. Não posso colocar em palavras o quanto foi importante a participação de todos nossos neste projeto de vida e no ápice de vencer esta etapa tenho certeza que nossas vidas caminharão mais juntas do que nunca iluminando a caminhada de muita gente ao nosso redor. Minha determinação é sem igual para continuar este trabalho na próxima etapa dessa nossa jornada, pois temos muito o que contribuir ainda nesse mundo que está muito precisado neste grande momento de mudança pelo qual estamos passando e que continuaremos passando por algum tempo. A velocidade das transformações profundas está cada vez mais rápida e temos que ajustar nosso relógio interno tendo um ponteiro em direção a Deus e outro apontado para a terra para acompanhar estas mudanças em benefício de todos os seres viventes.


Deus é o primeiro nome que vem a mente quando pensamos sobre o Natal se somos religiosos, espirituais ou não. Esta palavra conspícua tem dado conforto para milhões de pessoas nos momentos de necessidade nesta nossa vila global. Mesmo se acreditamos que milhões de pessoas ao redor do mundo estão iludidas por acreditar em Deus, como é afirmado por algumas pessoas, esta palavra e a vivência que ela fomenta tem ajudado e continua a ajudar milhões nas circunstâncias mais difíceis como nos tem demonstrado as pesquisas e observações psicológicas.


A vivência ligada a Deus está se tornando mais e mais familiar como uma vivência de paz, harmonia, felicidade, alegria, silêncio, luz, amor, compaixão e sabedoria. Os nomes são muitos, mas a vivência é uma ou muito, muito similar para todos nós. Se estivermos emanando um desses atributos verdadeiramente, estaremos emanando todos eles. Não importa se somos Cristãos, Judeus, Budistas, Hinduístas, Muçulmano ou se temos qualquer outra orientação religiosa ou espiritual ou mesmo se não acreditamos em Deus, não podemos deixar de nos curvar diante desta vivência como a coisa mais singular desta vida não importa que rótulo você ponha para denominar esta vivência seja Amor, Luz, Compaixão, Silêncio, Sabedoria e assim por diante. O nome é uma palavra vazia sem a vivência que ele fomenta porque o nome é apenas um rótulo para uma determinada vivência. Conhecer o nome de Deus intelectualmente, pregar sobre Deus e repetir o nome de Deus apenas como um exercício intelectual não é o mesmo do que ter um conhecimento completo de Deus e vivenciar o nome de Deus em forma destes atributos mencionados emanando seu perfume para todos ao seu redor.



A importância de Jesus Cristo em relação a Deus veio através de suas palavras, suas ações, sua simplicidade, seu respeito profundo pela vida, sua bondade, sua mansidão e sua generosidade sem limites. Ela veio através do seu desapego pelas coisas deste mundo estando livre delas ao invés de acumular o desnecessário para uma vida simples, mas também sem desprezá-las. De certa maneira Jesus combinou perfeitamente as teorias de Platão e Aristóteles porque ele tinha sua mente em Deus e seus pés no chão desfrutando de boa comida e de bom vinho, mas sem se fazer escravo disto. E também sua importância veio de sua vontade e disponibilidade em ajudar qualquer um (pobre, rico, pessoa religiosa ou não, gentios e assim por diante) sem importar com as diferenças e através do seu desapego pelo poder mundano, por status e o resto nesta linha enfrentando tudo isto sem nenhum sinal de medo mesmo na iminência de sua própria morte. A aura de paz e falta de medo de Jesus era tão forte que até mesmo os animais se diziam se acalmavam na sua presença. Mesmo se você não acredita que Jesus era o Filho de Deus, como é defendido pelo Cristianismo ou que ele era um profeta conforme o Islamismo, você não pode deixar de ter reverência por ele como alguém com uma grande sabedoria, amor e compaixão além do mundo cotidiano, que praticou o que ele pregava e viveu o que ele pregava em toda extensão de sua palavra até o final de sua vida neste planeta. Como Sócrates e outros, Jesus não deixou corromper suas ideias e suas crenças mesmo quando seu corpo estava ameaçado de ser destruído. Pessoas com tal força e poder estão sendo muito necessárias nesta vila moderna global em que vivemos de maneira que todos, possamos dividir o melhor possível da vida onde as necessidades por moradia, roupa, comida e uma boa vida sejam realizadas.



Quando o mundo é confrontado com uma pessoa como Jesus Cristo que não quer nada dele, que não está buscando nenhum objetivo mundano, que não está atrás de seus interesses pessoais, que não reage, mas age, que é manso e pacífico além do normal e, que está aqui somente para ajudar aqueles que estão em necessidade e sofrendo, o mundo não sabe o que faz com este tipo de ser humano assim como Cesar não sabia o que fazer com Jesus embora se sentindo ameaçado pela sua Presença sem estar na sua Presença porque na sua Presença mesmos os mais altos sábios religiosos se calaram e ficaram em silêncio maravilhados sobre sua natureza pacífica e sábia assim como Cesar, acredito teria estado se ele tivesse tido oportunidade de encontrar Jesus.



Porque o mundo ou qualquer um envolvido profundamente nos negócios deste mundo se sentem ameaçados pela paz, bondade, generosidade, mansidão, simplicidade, amor, harmonia e sabedoria e assim por diante uma vez que os nomes podem ser muitos, mas se resumem num só: amor, advindos de uma pessoa? Esta questão tem muitas respostas e uma delas é proveniente de Um Curso em Milagres quando Jesus disse: O mundo, portanto, tem que desprezar-me e rejeitar-me, porque o mundo é a crença em que o amor é impossível. (T-8.IV.3:7) Guerra e violência estão em todos os lugares do mundo porque eles são um jogo do ego para provar que não só o amor, mas todos os atributos mencionados anteriormente são impossíveis. Esta é a fonte de todos os problemas que temos com as palavras Jesus Cristo porque Jesus é o símbolo da dissolução do ego e nós em grande maioria passamos a maior parte do nosso tempo no ego. Jesus demonstra que o amor não só é possível, mas também que o amor é nossa proteção mesmo na hora mais conspícua de nossa vida que é a hora de nossa morte.


Outra resposta mais específica baseada nesta acima que consegui chegar até agora tem sido que toda vivência fomentada por estes nomes acima não dá suporte aos objetivos egotistas do mundo e muitos deles até mesmo parecem contrários a estes objetivos porque todos os nossos objetivos mundanos tem na sua natureza interesses pessoais coisa que Jesus não tinha de forma nenhuma. Psicologicamente nós, então, podemos dizer que todos os objetivos mundanos quando dirigidos pelo ego são instrumentos para os nossos egos se tornarem cada vez maiores. Desta maneira nossos egos são ameaçados por Jesus porque Jesus e, quem mais seguiu ou segue suas palavras não só intelectualmente, mas também mentalmente e praticamente tal como Thomas More, Mahatma Gandhi, Martin Luther King, Jr., e muitos outros, passaram suas vidas promovendo e demonstrando bondade, não violência, amorosidade, paz, simplicidade, honestidade, amor, harmonia e assim por diante como uma maneira de resolver os problemas deste mundo. Quando isto acontece, como aconteceu com estas pessoas, o mundo não pode, mas reagir sem condições evitar as mudanças inevitáveis provenientes de ações como estas que tem intrínseco nelas durabilidade, força e um poder que vem de além deste mundo o qual Jesus disse advir de Deus.



Cada Natal tem se tornado de muitas maneiras para muitas pessoas ao redor desta vila global em que vivemos um tempo de celebração da Luz e de renovar nossas resoluções, nossos votos e nossos comprometimentos com a bondade, paz, amor, felicidade, alegria, não violência, mansidão e o cultivo do silêncio e da sabedoria mesmo se elas não são cristãs ou religiosas. Esta renovação de votos não começou agora, mas milhares de anos atrás quem sabe até antes de Buda, Confúcio, Sócrates e outras grandes mentes que passaram por este planeta. Ela teve um ponto alto, naquela madrugada fria e congelada de Natal, quando soldados alemães e aliados deixaram de lado suas armas e se cumprimentaram celebrando o que foi chamado de a trégua de Natal de 1914. Este é um ponto alto na história do ser humano porque mostrou ao mundo que mesmo no meio de uma das maiores catástrofes deste mundo engendradas pelo ser humano, a paz, mansidão, bondade, não violência, felicidade e alegria podem de repente se manifestarem de maneiras não esperadas na mente e nos corações dos seres humanos iluminando seus comportamentos vis, brutais, bestiais e loucos.



Vamos emanar o verdadeiro espírito do Natal para todos, o espírito de união ao invés de separação colocando de lado nossas concepções errôneas, animosidades e hostilidades para com os membros de nossas famílias, vizinhos, amigos e mesmos dos nossos inimigos abraçando a Verdade neles e não sua maldade, mas sinceramente sabendo que ao abraçar a Verdade neles, estamos no final abraçando a Verdade em nós mesmos. Porque abraçar ao invés de atacar? Existe uma resposta simples para esta pergunta que é: A todo o momento que atacamos alguém nos sentiremos culpados porque na realidade estamos atacando a nós mesmos, pois no momento que atacamos o outro inevitavelmente temos que perder nossa paz interna. Perder nossa paz interna é um dos autoataques mais comuns e não reconhecidos por todos nós.



Minha esperança que todos nós nesta vila global possamos parar de ser sofistas para tornarmo-nos mais socráticos ficando menos com medo das previsões e supertições sem significado sobre o futuro e renovando nosso comprometimento e resolução com o presente para com assiduidade agirmos em direção da busca da liberdade, igualdade e fraternidade para com todos. Estas ações são necessárias e essenciais para recriarmos uma humanidade que reflita em ação o que Jesus Cristo defendeu e ensinou mesmo se você não tem nenhuma crença em Deus ou em Jesus. Na realidade Jesus Cristo é o nosso Self, nosso Ser Verdadeiro, como diz Ramana Maharshi, um dos grandes sábios e santos da nossa era. Este é o significado dos ensinamentos de Jesus em Um Curso em Milagres: Não ensines que eu morri em vão. Ensina, em vez disso, que eu não morri, demonstrando que eu vivo em ti.


Nossa vila global está muito necessitada de tal demonstração de amor em ação não só em palavras, mas vamos começar com ações pequenas nas nossas próprias casas com os membros de nossa família, nosso parentes, nossos filhos, nossos irmãos e irmãs, nossas esposas e maridos, nossos vizinhos e amigos e assim por diante emanando para eles nossa paz, alegria, felicidade, amor, compaixão e sabedoria. Vamos celebrar este momento conspícuo do ano estando verdadeiramente alegres, felizes, amorosos, pacíficos e com compaixão e este é o melhor presente que podemos dar as nós mesmos e aos outros porque este presente não pode ser roubado, nunca vai apodrecer, nunca terá impostos cobrados pelo governo e nunca vai enferrujar. Ele vai brilhar para sempre nos corações e nas mentes daqueles que os dão e daqueles que recebem até o fim de suas vidas.



Que Deus Abençoe todos nós,
Antonio