quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A Confusão Mente e Corpo

Bem vindos ao Monastério do Silêncio e, que a paz de Deus esteja com vocês.

A confusão mente e corpo é algo contínuo em nossas vidas e ela se mostra presente quando o ego toma conta de nossa mente. O ego tem endeusado o corpo, ornamentado ele tanto mundanamente bem como espiritualmente e tem colocado ele como o nosso salvador. O materialismo espiritual é como uma moda hoje em dia distraindo a mente e levando-nos a pensar que um amuleto é a nossa salvação.

O ego também tem feito do corpo um instrumento demoníaco a serviço dos prazeres desenfreados, das violências sem limites, dos medos, dos desejos ardentes bem como tem colocado-o a serviço da devassidão e da baixeza humana sem limites. Contudo, ele em si mesmo não é bom nem ruim, nem feio e nem bonito, nem devasso e nem correto por isto ele não é a causa de nossos desejos, nossos medos, nossas ações demoníacas, nossa violência e nossa devassidão como o ego nos faz acreditar. Existe um véu que tapa nossa visão entre o ego e o corpo que juramos ao ego nunca retirar e por isto atribuímos todas estas coisas ao corpo e não ao ego.

Um Curso em Milagres nos ensina que o corpo foi construído pelo ego sendo sua casa principal e que todo instrumento que o ego constrói pode ser utilizado pelo Espírito Santo, o Ser Superior, para redescobrirmos nossa Verdade Primeira e retornarmos ao Senhor. Temos assim que cuidar do nosso corpo e colocá-lo a serviço do Espírito Santo, pois só assim ele assumirá sua função verdadeira. Este tomar conta do corpo é muito importante, pois confundimos isto com ornamentação, como meio de embelezamento e assim por diante.

O Buda dizia que uma lamparina sem óleo não pode ser receptáculo da Luz e Sócrates incitava os seus discípulos a cuidarem da saúde física para estarem livres sem ser por este distraído nas buscas interiores deles. Assim os conselhos destes mestres com relação a saúde do corpo significava comer bem, comer e beber de maneira moderada só quando com fome ou sede, dormir bem quando possível, exercitar para a saúde e não para trazer embelezamento ao corpo e, descansar e relaxar quando necessário. O Bhagavad Gita diz que temos que conseguir um equilíbrio em tudo não dormindo nem muito de mais e nem pouco de mais, não comendo nem muito de mais e nem pouco de demais e assim por diante atingindo harmonia em todas as funções corporais.

Com todos estes conselhos temos que tomar cuidado de não endeusar o corpo e passar mais tempo se ocupando dele do que necessário se esquecendo de cuidar da nossa mente. Por exemplo, se estamos doentes não podemos nem abandonar o corpo e nem deixar que ele tome todo nosso tempo. Temos que cuidar de nossa doença e nunca deixar de fazer isto da melhor maneira possível enquanto ela durar, mas só o tempo necessário nem mais e nem menos. Se a doença é incurável temos que aprender a conviver com ela sem que ela ocupe toda sua vida.

Vivemos a maior parte do tempo numa negação sem igual abandonando o corpo principalmente quando atingimos certa idade. Paramos de exercitar, nos movemos pouco, ficamos despreocupados com nossa alimentação, não relaxamos e não meditamos quando devíamos. Temos que ter consciência que a lei da causa e efeito em relação ao corpo é infalível se não usa ele desusa. Assim não deixe de exercitar o corpo, comer bem comidas saudáveis e nutritivas, dormir bem e relaxar constantemente nessa caminhada de redescoberta interna Exercite, doente ou não, seja uma simples caminhada por dia ou mesmo que sejam duas, três ou quatro vezes por semana. Relaxe e assim sua mente ficará menos deprimida e menos ansiosa para galgar os picos internos mais altos da existência.

Que Deus abençoe todos nós,

Antonio

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